Estamos indo além dos nossos limites
Um passo de cada vez e mais distante do final
Os olhos estão cerrados numa expressão inexpressível
Meditando num trinômio entre passado, presente e futuro.

Num piscar de olhos a vida se exauri
Nem mesmo os titãs são invencíveis
Os mistérios do desconhecido
Um universo oceânico a ser explorado.

O relógio eclodindo a cada segundo
Arremessando dados a sorte
Apostando com os deuses do mar.

A vida é como a beleza de um náutilo
Mas tão frágil em águas profundas
E tudo o que resta são fragmentos de fé
Uma viagem ao destino de Atlântida.

Uma dimensão azul, o invisível, o submersível
O colapsar do tempo à deriva
Uma constelação de nudibrânquios em cores
O último suspiro, o último brilho exaurindo.

No horizonte não se vê mais estrelas cadentes
Mergulhado na imensidão onde só há escuridão
Estamos submersos além de um mundo telúrico.

Versejando sobre uma máquina do tempo
Velejando através de um mar tempestuoso
Um poema sobre o fim da guerra
Um poema sobre como estamos perdidos.

Incontáveis são as estradas a percorrer
Para chegar ao lugar onde desejo te encontrar
Indecifráveis são os sonhos inacabados
Todas as vezes que eu acordo no meio da noite.

Um novo mundo, novas cores e sem dores
A tonalidade e a tenacidade de mãos dadas
A vida é um labirinto envolto em enigmas.

by Junior Pontes [lenno]