ÓPERA
...Desenhando traços da vida, a multidão se calou,
As cortinas que separam o mágico e humanos perplexos
A música é tocada silenciosamente, os sinos rangem,
Fumaças circundantes formando a aureola do anjo encantador.
Eu gostaria de poder explicar...
A sensação de sentir o inexorável
Cinco sentidos jogados fora
Razões colocando a prova um coração.
Profundamente inerte em um abismo sem fim
A dramaticidade de um sedutor para corações perdidos
As palavras espalhadas em um pedaço de papel
A colina tão distante dos olhos vulneráveis a luz.
A esperança é apenas uma palavra em questão
Nada é o que você vê
O tempo quebra promessas
Não voltar atrás e corrigir tantos enganos.
As minhas mãos ainda podem se movimentar
As linhas ainda podem ser preenchidas
Mas existe uma lacuna sem um rabisco
As lembranças corroem e machucam minha alma.
Espaço, tempo e a eternidade silenciosa tão profunda,
Coração apertado, olhos cerrados,
E o abajur é a única luz por perto
Suficiente para eu poder ver o seu retrato na parede.
Envolvente, sedução, compreensão e afeto,
As folhas jogadas ao chão
Correr, gritar, tentar voar,
Apenas sentir o pulsar além da imaginação.
Luar divinamente belo para o anjo que não dorme
Esperando pela manhã sobre o orvalho do dia
Madrugada sombria entre os livros da sustentação
O poeta morto para a lucidez, um adeus à sobriedade.
Uma criança inocente sem esperança
Ouvindo a canção de ninar de sua morte
A harmonia trágica para nossas almas
Chorando para celebrar um réquiem.
Toque sua música pra mim
Uma sereia cantando uma melodia
O violino doce e verdadeiro
Ecoando na escuridão da noite.
As rosas do último inverno
Caídas no jardim negro do meu romance
A última luz do sol
Brilhando para um coração escuro.
Toda a paixão sem valor
E um coração triste em agonia
A ponte da minha alma
Que leva você ao paraíso.
A realidade nasce dentro de você
Uma mancha no coração da humanidade
A poesia e o demônio lado a lado
Tristes memórias dos dias negros.
Caminhando sozinho com as palavras
No silêncio da noite
A verdadeira claridade da lua
Brilhando sobre o abismo da dor.
A face do poeta
No livro da vida
Amores e sonhos
Caminhando para o poeta abandonado...
A rima da esperança
Em um papel em branco
Uma alma sem tortura
Cantando a liberdade da vida.
by Junior Pontes [LENNO]
Junior Pontes
Enviado por Junior Pontes em 02/11/2011
Alterado em 03/11/2011
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